Discriminação? Não, Obrigada!

O AEIOT – Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos foi criado através da DECISÃO n.º 771/2006/CE de 17 de Maio de 2006, aderindo Portugal ao AEIOT através da Resolução do Conselho de Ministros nº88/2006.
Neste âmbito, 2007 – é o Ano Europeu da Igualdade para Todos, tendo como grandes áreas a igualdade de Género, Deficiência, Etnia e Migrantes, Orientação Sexual, Etária e de Religiões.
Quantas vezes nós pensamos ou tecemos considerações relativamente a alguma destas áreas tendo como sentido implícito ou explicito a discriminação?
Quantos de nós não fomos ou seremos algum dia das nossas vidas alvos de discriminação e, muito provavelmente, nessa altura lembrar-nos-emos que também nós em tempos potenciamos essas situações.
Por exemplo, há poucos dias estive a falar com um Imigrante Português na Suiça que devido às dificuldades de trabalho sentidas no nosso país, se viu na obrigação de imigrar recentemente e me dizia que se sentia alvo de discriminação. Será que nós não temos atitudes semelhantes com cidadãos de outros países que estão em Portugal a tentar a sua sorte?
E quantas mulheres ou homens já se sentiram alvo de momentos de discriminação apenas pelo seu género? Por exemplo, na Europa as mulheres ainda recebem em média 15% menos que os homens no desempenho das mesmas funções.
E quando falamos em deficiência e na aplicação das políticas nacionais a favor das pessoas com deficiência, olhamos à nossa volta e identificamos essa aplicação? A resolução do Conselho de Ministros n.º 9/2007 consagra um conjunto de medidas que visam possibilitar uma utilização plena de todos os espaços públicos e edificados, mas também de transportes e das tecnologias de informação. À excepção de espaços públicos construídos recentemente, quantos são aqueles que foram adaptados para esta realidade? E quando estacionamos frequentemente o automóvel em cima do passeio, muitas vezes com a “preguiça” de andarmos mais uns metros, será que nos lembramos que o nosso automóvel constitui uma barreira a pessoas de mobilidade condicionada ou até à passagem de um simples carrinho de bebé?
Na minha opinião todos nós somos responsáveis pelas diversas atitudes de discriminação que se vão praticando e cabe a cada um de nós mudar essa atitude e tentar compreender o outro. Vamos fazer com que a temática europeia do ano 2007 perdure além deste ano e passemos a olhar o mundo, como dizia o meu avô materno, como um ramo constituído por todas as flores.
Argentina Marques, in Jornal de Sesimbra, Setembro 2007

Comentários

Jogre Patricio disse…
Parabéns pelo artigo,
É sempre bom saber que há quem se preocupe com os outros.
E é assim com estes artigos e opiniões que se vão alertando e “abrindo” as consciências, para os que são diferentes por diversas razões.
A par da discriminação ou pior poderá ser o preconceito, quando por um “pagam” todos.
Obrigada Jorge. Sempre que tiveres um alerta diz-me, pois todos juntos podemos construir um mundo melhor
Anônimo disse…
Parabéns pelo Blog. Está muito fixe

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